domingo, 19 de junho de 2011

Noturno



Não sei por que, sorri de repente
E um gosto de estrela me veio na boca...
Eu penso em ti, em Deus, nas voltas inumeráveis que fazem os caminhos...
Em Deus, em ti, de novo...
Tua ternura tão simples...
Eu queria, não sei por que, sair correndo descalço pela noite imensa
E o vento da madrugada me encontraria morto junto de um arroio,
Com os cabelos e a fonte mergulhados na água límpida...
Mergulhados na água límpída, cantante e fresca de um arroio!

(Mario Quintana)

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